A Huawei revelou no sábado, durante a IFA 2017, o Kirin 970, processador que moverá seus próximos celulares top de linha, o Mate 10 e o Mate 10 Pro. De acordo com a Reuters, a empresa promete que eles farão seus celulares serem mais rápidos do que os próximos iPhones e do que os tops de linha atuais da Samsung.

Processadores de celular em geral são chamados de CPUs, sigla em inglês que significa “unidade de processamento central”. A Huawei, no entanto, se refere ao Kirin 970 como uma NPU, que significa “unidade de processamento neural”. Isso, segundo o site, é porque ele incorpora técnicas de inteligência artificial que geralmente não podem ser realizadas nativamente por celulares.

Com essa tecnologia, os celulares da empresa poderão realizar comandos de voz, traduzir texto e mostrar experiências de realidade aumentada sem a necessidade de uma conexão com a rede. Além disso, de acordo com o site, o Kirin 970 ainda agrega em um único circuito as funções de computação, processamento gráfico e processamento de sinais que normalmente são atribuídas a circuitos diferentes. Dessa forma, esses componentes se comunicam melhor, gerando melhor performance ao aparelho. 

Finalmente, o Kirin 970 é produzido no mesmo processo de 10 nanômetros do Snapdragon 835, por exemplo. Com isso, ele consegue oferecer performance mais rápida num tamanho menor e com menos consumo de energia.

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Chegando aos líderes

“Na comparação com a Samsung e a Apple, nós temos vantagens”, disse o executivo da Huawei Richard Yu à Reuters. “Usuários poderão ter performance muito mais rápida, bateria mais duradoura e um design mais compacto”, afirmou. Ele assegura que o processador conseguirá garantir aos novos top de linha da empresa uma duração de bateria até 50% maior.

São promessas ambiciosas, mas a Huawei tem bons motivos para honrá-las. A empresa chinesa é a terceira que mais vende smartphones no mundo, atrás justamente da Apple e da Samsung, e já disse ter superado a empresa da maçã ao menos uma vez.

As três companhias que mais vendem celulares no mundo são também as três que produzem os próprios processadores: a Apple com a linha A, a Samsung com os Exynos e a Huawei com os Kirin. Como o The Next Web aponta, se o processador da chinesa realmente for tudo isso, ele pode ser o suficiente para dar à empresa uma vantagem sobre a concorrência.