Um grupo de desenvolvedores se uniram para propor mudanças na loja de aplicativos do iPhone e iPad. Batizado de “The Developers Union” (O Sindicato dos Desenvolvedores, em tradução livre), o time afirma querer promover mudanças na App Store a favor políticas mais “amigáveis aos criadores e focadas na comunidade”. Por enquanto, o conjunto é formado por 50 pessoas, mas o objetivo é chegar até 20 mil antes da WWDC 2018.

Em uma carta aberta publicada nesta sexta-feira, 18, os desenvolvedores afirmam acreditar que “pessoas que criam bom software devem ser capazes de viver fazendo isso”. O grupo argumenta ainda que pretende pressionar a empresa a fazer mudanças na App Store antes do aniversário de dez anos da loja, em 2019.

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A primeira reivindicação do “The Developers Union” é a liberação de testes gratuitos na App Store até julho do próximo ano. Tratam-se de aplicativos que os usuários possam baixar e usar sem pagar nada por um tempo limitado. De acordo com o grupo, antes do lançamento do iOS, os desenvolvedores de Mac confiavam bastante nesse modelo, que os permitiam “demonstrar suas criações e estabelecer valores”.

Se obterem sucesso em sua proposta, o grupo de desenvolvedores diz que pretende advogar para que a Apple adote margens de lucro mais razoáveis, diminuindo a parcela que é retirada das vendas de apps e assinaturas. Atualmente, a companhia fica com entre 15% a 30% do lucro. Além disso, o sindicato afirma que lutará por mudanças mais focadas na comunidade de criadores.

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O “The Developers Unions” surge semanas antes da grande conferência de desenvolvedores da Apple, marcada para o dia 4 de junho. Por enquanto, o grupo é formado apenas por 50 membros, mas a expectativa é que chegue a 1000 pessoas até o fim desta semana. O objetivo é chegar a 20 mil associados até o início do WWDC.

A equipe é liderada por Jake Schumacher, diretor do documentário “App: The Human Story”; por Brent Simmons, desenvolvedor há 40 anos no ecossistema Apple; Loren Morris, design de produto; e Roger Ogden, criador indie para iOS. Embora se identifique como um sindicato, o grupo afirma não se tratar de uma instituição sindical tradicional. Não há cobrança de taxas e o qualquer profissional que trabalha com a App Store pode aderir às reivindicações.