Mais uma vez a Huawei vai para das páginas policiais dos jornais internacionais. Desta vez, um executivo da empresa foi preso na Polônia acusado de alta espionagem. Essa é a segunda vez que funcionários da Huawei são presos em menos de um mês.

A prisão aconteceu na última terça-feira (8) e a identidade do executivo não foi revelada, mas pessoas familiarizadas com o caso informaram se tratar de Weijing Wang, diretor de vendas da Huawei no país. De acordo com o Wall Street Journal, as acusações na Polônia estão diretamente ligadas às suspeitas dos Estados Unidos e outros governos ocidentais de que a Huawei estaria sendo usada pelo governo chinês como uma ferramenta de espionagem global.

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Apesar das constantes explicações da fabricante chinesa ao governo norte-americano, a empresa está na lista de riscos à segurança nacional dos EUA.

De acordo com a emissora da TV estatal da Polônia, policiais da Agência de Segurança Interna do país fizeram buscas no escritório local da Huawei e na casa do executivo chinês.

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Além disso, a Agência também deteve um de seus ex-funcionários, um polonês que era vice-diretor do departamento de segurança de TI da agência. Segundo a reportagem, esse ex-funcionário tinha conhecimento do funcionamento interno da rede de comunicações criptografada do governo polonês, que é usada por seus principais servidores. No passado, ele havia trabalhado para a empresa de telecomunicações francesa Orange.

A Huawei diz que já está ciente da acusação, e que está investigando internamente a questão. Porém, não ofereceu uma declaração oficial sobre o caso.

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Em dezembro, a Huawei teve que lidar com a prisão de Meng Wanzhou, vice-presidente do conselho administrativo da empresa. A executiva foi presa no aeroporto de Vancouver, no Canadá, a pedido do governo dos EUA, que a acusam de fraude fiscal. Meng acabou pagando fiança e responde às acusações em prisão domiciliar, no Canadá.

Agora, com mais um executivo da empresa atrás das grades, a crise diplomática entre China e EUA aumenta ainda mais. Mais do que isso, países como Austrália, Reino Unido, Alemanha, Nova Zelândia e Japão estão revendo seus acordos comerciais com a empresa.

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A Huawei havia prometido o início das vendas dos seus dispositivos eletrônicos no varejo brasileiro em 2018, porém, a parceria com a empresa Positivo não aconteceu.

Fonte: WSJ