O Facebook ainda está sofrendo com as consequências do escândalo da Cambridge Analytica, que teve acesso indevido aos dados de 50 milhões de usuários da rede social para utilizá-los na campanha política de Donald Trump. Isso se reflete no valor de mercado da empresa, que está em queda livre.

Se na segunda-feira, 19, a empresa viu sua capitalização de mercado (valor dado pela multiplicação do valor das ações pela quantidade de papéis em que uma empresa é dividida) despencar em cerca de US$ 40 bilhões no ponto mais baixo do dia, nesta terça-feira, 20, as perdas já acumulam cerca de US$ 60 bilhões. Isso em apenas dois dias.

Antes de o mercado abrir na segunda-feira, a ação do Facebook valia US$ 185,09, resultando em US$ 538 bilhões em valor de mercado. De lá para cá, o papel foi até a casa dos US$ 161,95 na mínima desta terça-feira (até o momento em que este texto é escrito), com uma queda de 12,5% no valor do Facebook, resultando em um novo valor de capitalização de mercado de US$ 477 bilhões.

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Mark Zuckerberg é quem sente mais profundamente esse tipo de oscilação mais forte. O fundador do Facebook também é o maior acionista da empresa, e seu patrimônio também está bastante vinculado ao valor das ações. Segundo o índice Bloomberg Billionaires, com a queda nas ações, Zuckerberg perdeu cerca de US$ 5 bilhões em patrimônio na última segunda-feira, com o valor, que era de US$ 75 bilhões, caindo para US$ 70 bilhões. O ranking só é atualizado após o fechamento das bolsas, e, portanto, ainda não contabiliza as perdas desta terça-feira.