A pressão contra Mark Zuckerberg dentro do Facebook começa a aumentar. Mais investidores da companhia se juntaram a uma solicitação para que o fundador da empresa seja removido da função de presidente do conselho da companhia, sob a acusação de que estaria acumulando poder excessivo.

Segundo o site Business Insider, quatro grandes investidores do Facebook, que controlam mais de US$ 1 bilhão em ações da companhia, se juntaram a uma solicitação realizada pelo grupo Trillium Asset Management pedindo uma redução dos poderes de Mark Zuckerberg.

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Os acionistas em questão são Scott Stringer, da Controladoria da cidade de Nova York; Michael Frerichs, tesoureiro do estado de Illinois; Seth Magaziner, tesoureiro do estado de Rhode Island, e Joe Torsella, tesoureiro do estado da Pensilvânia. Com esses nomes, o coro pela deposição de Zuckerberg começa a ganhar mais força.

Hoje, Mark Zuckerberg ocupa o cargo de CEO da empresa, mas também acumula a posição de presidente do conselho. O documento proposto pela Trillium em julho, diz que um CEO que também chefia o conselho pode exercer influência demais sobre conselheiros, enfraquecendo o poder de supervisão da gerência da companhia. Assim, o ideal seria que o executivo fosse substituído por um presidente independente do conselho do Facebook, como fazem empresas como Apple, Google, Microsoft e tantas outras.

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Entre os gatilhos para que essa proposta ganhe força estão as crises enfrentadas recentemente pelo Facebook, o caso da tentativa de interferência russa nas eleições presidenciais dos EUA em 2016, o escândalo da Cambridge Analytica, a situação de Mianmar, onde atos de violência acabaram incitados por meio da rede social. O ataque hacker recente que permitiu o vazamento de informações pessoais de 30 milhões de usuário também não ajuda a situação de Zuckerberg.

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O problema é que, apesar de o Trillium ter apoio, com 51% dos acionistas independentes votando a favor das mudanças, é praticamente impossível realizar qualquer mudança na organização do Facebook se Zuckerberg não quiser, graças à estrutura acionária da companhia.

Hoje, a companhia tem dois tipos de ações: Classe A e Classe B. As ações Classe B têm um poder de voto 10 vezes maior do que as Classe A. E, para dificultar ainda mais, Mark Zuckerberg controla 75% das ações Classe B, o que faz com que ele tenha controle praticamente total sobre as votações da empresa. Assim, ele só sairá de um dos cargos que ocupa se renunciar de forma voluntária.