Recorde atrás de recorde. O bitcoin certamente fez história em 2017. Atualmente, a criptomoeda é negociada por mais de 17 mil dólares; isso mesmo, ultrapassou os 60 mil reais. No dia primeiro de janeiro, valia mil dólares – a valorização acumulada do ano chega a 1500%.

Apesar dos números impressionantes que deixam qualquer um pensando: “por que eu não investi em bitcoin ainda?”, a moeda virtual mais famosa do mundo vem sendo bombardeada de críticas, especialmente pelo setor bancário. Um dos principais bancos do planeta, o JP Morgan, disse que o bitcoin é uma fraude, e que eventualmente fará com que seus investidores percam muito dinheiro. Um executivo da instituição chegou a dizer que o mercado de criptomoedas é coisa para assassinos e traficantes. Aqui no Brasil, o Banco Central também chamou atenção para o risco de uma bolha no mercado de bitcoin e disse que é preciso ter cuidado com o risco de essas criptomoedas serem usadas em atividades ilícitas. 

Não para por aí. Do outro lado do mundo, autoridades chinesas restringiram grandes transações em bitcoin e proibiram a captação de investimento empresarial por meio da moeda virtual. Coreia do Sul e Rússia também já sinalizaram que farão algo nesse sentido. Vale lembrar que não existe qualquer país ou empresa regulamentando o uso, a compra ou a venda de moedas virtuais. Tudo é mantido de forma independente, pela internet, de maneira descentralizada e totalmente livre de regulações. 

As previsões para 2018 ainda são uma grande incógnita. Tem gente muito animada com o mercado; outros com o pé atrás. A gente conversou com muita gente durante o ano e a mensagem que fica, pelo menos por enquanto, é que como qualquer investimento que cresce repentinamente, existe, sim, o risco de uma bolha. A dica é tomar cuidado e se informar bem antes de apostar. Bitcoin não é fraude, mas não deixa de ser um investimento de risco.